O bem-estar em outras culturas: o que podemos aprender com elas?
Por: Teko
Você já parou pra pensar como seria viver em um lugar onde o “viver bem” tem outro significado? Pois em diferentes cantos do mundo, o bem-estar ganha formas únicas, profundamente ligadas à cultura local, aos valores sociais e até ao clima. E sabe o melhor? Muitas dessas ideias podem, sim, ser adaptadas para o nosso jeitinho brasileiro. Vem comigo descobrir como!
Da Finlândia ao Japão: formas de entender o bem-estar
Na Finlândia, campeã em rankings de felicidade, o conceito de Sisu é a chave. Ele mistura coragem, resiliência e persistência silenciosa diante das dificuldades. Não se trata de ser positivo o tempo todo, mas de seguir mesmo quando tudo parece estar contra você. Algo que, convenhamos, tem tudo a ver com a força do povo brasileiro.
Já no Japão, o bem-estar se traduz em Ikigai, que é basicamente encontrar um propósito de vida. Pode ser algo simples, como cuidar de um jardim ou preparar o café da família com carinho. E tem também o Shinrin-yoku, o famoso “banho de floresta”, que propõe uma imersão na natureza para renovar as energias.
Essas formas de entender o bem-estar mostram como cada cultura pode oferecer um caminho diferente para uma vida mais leve e significativa.
Conforto, conexão e pausa: aprendizados europeus do bem-estar
Na Dinamarca, o bem-estar se chama Hygge. A palavra não tem tradução direta, mas remete àquele clima aconchegante de estar em casa num dia frio, com uma manta, um chá quente e boas companhias. Pequenos prazeres que aquecem a alma.
Já a Itália ensina o Dolce far niente, o doce prazer de não fazer nada. E não, isso não é preguiça! É uma pausa consciente, uma escolha por desacelerar e simplesmente existir sem culpa. Uma prática que poderia transformar o nosso cotidiano sempre tão corrido.
Na Espanha, a siesta é mais do que uma soneca. Ela é uma pausa cultural para recarregar as energias. Mesmo que nem todo espanhol ainda a pratique, o conceito de parar para descansar à luz do dia pode inspirar uma mudança na nossa relação com o tempo.
Sabedorias africanas e a força do coletivo
A cultura Iorubá, de origem africana, traz um entendimento muito bonito sobre o bem-estar através do conceito de Ori. Mais do que a cabeça física, Ori é nossa consciência espiritual, intuição e destino. Cuidar do Ori é cultivar um bem-estar que vem de dentro, alinhado com quem somos de verdade.
Nessa visão, não existe bem-estar isolado. Ele acontece em rede, no coletivo, com respeito às diferenças e acolhimento das individualidades. Algo que dialoga diretamente com a riqueza e a diversidade do Brasil, onde a força comunitária é essencial para o florescimento individual.
Como aplicar essas ideias no cotidiano brasileiro
Claro que não dá pra copiar e colar um conceito estrangeiro, mas a gente pode adaptar. A chave está em ressignificar.
- Que tal criar seu próprio momento Hygge com um café coado e um livro no fim da tarde?
- Ou praticar o Dolce far niente reservando 20 minutinhos por dia para não fazer nada, sem culpa?
- Já pensou em transformar um passeio no parque em um verdadeiro Shinrin-yoku, com atenção plena e sem pressa?
O bem-estar em outras culturas pode ser um ponto de partida, não um destino. Ele ganha sentido quando se conecta com a nossa realidade, afetos e histórias.
No fim das contas, o que é viver bem?
Talvez viver bem não seja sobre ter uma rotina perfeita ou uma casa silenciosa o tempo todo. Talvez seja mais sobre encontrar pequenas alegrias, cultivar espaços de descanso e criar conexões que nos sustentam. E, acima de tudo, respeitar o nosso ritmo.
Ao olhar para o bem-estar ao redor do mundo, ganhamos inspiração para construir um bem-viver à nossa maneira. Com simplicidade, afeto e aquele toque de brasilidade que faz tudo mais leve.
Formado em tecnologia, mas apaixonado por tudo o que envolve consciência, bem-estar e simplicidade. Acredito que viver pode ser mais leve quando nos conectamos com o essencial. Aqui compartilho reflexões, aprendizados e inspirações sobre como viver de um jeito mais natural, verdadeiro e com mais presença. Entre o mundo digital e o silêncio interior, escolhi caminhar com propósito — e convidar você para essa jornada também.
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